É frequente ouvir falar numa crise aos 5 anos… os pais referem que as crianças não querem ir à escola, que estão fartas da Infantil e desejosas de ir para a 1º classe aprender a ler. Em casa voltaram a estar “embirrentas”, infantis e ciumentas dos irmãos mais novos ou “invejosas” dos mais velhos.
Parece, pela descrição, que ter 5 anos não é nada de específico, que é uma etapa sem características próprias entre o ser pequeno e ser menino de escola. Ou que é uma “terra de ninguém” onde já se perdeu a graça mas ainda não se tem o mérito.
Todas as idades têm evidentemente, a componente de transição entre aquilo que foi antes e o que será depois, sem fronteiras muito definidas porque, cada um tem o seu ritmo de crescimento e a sua experiência pessoal muito marcante, mas podemos afirmar sem hesitação que ter 5 anos é qualquer coisa de especial, de único e que merece ser vivido e aproveitado o melhor possível.
Senão vejamos as crianças de 5 anos são:
Mais seguras e capazes de realizar tarefas com mais método e perseverança.
· Os seus desenhos estão cada vez mais minuciosos: a figura humana está completa, acrescentando aos desenhos elementos da natureza tais com as árvores, sol, flores, borboletas, etc.
· São muito curiosas e surge uma grande necessidade de questionar, ”como” e “porquê”, porque têm uma grande necessidade de organizar o seu pensamento e de encontrar ordem no mundo das coisas, dos animais e das pessoas.
· São mais realistas e atentos, o senso prático aumenta e já são capazes de guardar as suas coisas de maneira ordenada.
· O pensamento começa a tornar-se mais complexo graças à linguagem e com ela o pensamento torna-se mais claro e compreensível.
· Falam com correcção e divertem-se imenso quando dizem “palavras feias”, embora não saibam exactamente o significado delas, sabem só… que são feias…
· Estão cada vez mais conscientes do seu EU e do dos outros, por isso, são mais sensíveis ao que se passa à sua volta e não gostam de injustiças.
· Gostam de elogios e de pequenas responsabilidades.
Tudo isto me parece suficiente para que reconheçamos que é uma fase que merece todo o nosso interesse e atenção.
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